Sindicato do Comércio solicita providências para pessoas em situação de rua
O Sindicato do Comércio Varejista de Itapira (Sicomvit) , através de seu presidente, Francisco de Assis Franciozo, protocolou na Prefeitura Municipal ofício solicitando a adoção de providências necessárias, urgentes, efetivas e eficazes para a solução definitiva da crescente problemática envolvendo pessoas em situação de rua no município.
Em seu manifesto, o Sindicato — que representa a categoria econômica empresarial do comércio varejista — ressalta sua preocupação com a manutenção de ambientes de trabalho seguros, saudáveis, pacíficos e sustentáveis. A entidade destaca que a situação social e de segurança pública no município tem se agravado, impactando diretamente comerciantes, trabalhadores e consumidores.
De acordo com o documento, Itapira, tradicionalmente reconhecida pela excelência de seus hospitais psiquiátricos e casas de recuperação, recebe frequentemente pacientes oriundos de outros municípios em busca de tratamento. Contudo, após receberem alta ou abandonarem os programas, muitas dessas pessoas permanecem nas ruas da cidade sem suporte adequado, gerando vulnerabilidade social e reflexos negativos na segurança pública.
O comércio local é apontado como um dos setores mais afetados. Relatos de lojistas indicam que clientes vêm sendo abordados nas vias públicas e nas portas dos estabelecimentos comerciais, muitas vezes de forma constrangedora ou ameaçadora, por pessoas que se oferecem como “flanelinhas”. Além disso, há registros de furtos, arrombamentos e depredações, que afugentam consumidores, geram prejuízos materiais e comprometem a economia local.
Segundo o Sindicato, o resultado é a retração no comércio físico e o fortalecimento do comércio digital de outras regiões, o que agrava a perda de empregos e a diminuição da arrecadação de impostos municipais, como o ICMS.
Diante desse cenário, o Sindicato solicitou à Administração Municipal a adoção de medidas urgentes, entre elas:
– Apuração das responsabilidades civis e criminais dos responsáveis pelas internações e liberações sem acompanhamento adequado, bem como a análise do papel dos municípios de origem dessas pessoas;
– Criação e implementação de políticas públicas que promovam a reintegração social ou, quando necessário, o retorno dos indivíduos às suas cidades de origem;
– Reforço das ações de segurança pública e fiscalização, sobretudo em áreas comerciais, para proteção de lojistas, trabalhadores, consumidores e da população em geral.
A entidade reiterou, ainda, sua confiança no compromisso da Prefeitura com o bem-estar da população e a importância da atenção ao pleito apresentado.