Gazeta Itapirense

Homem nu ameaça mulheres na avenida Braz Ayres

Um homem completamente nu tocou o terror na tarde da última segunda-feira, 14, em um trecho da avenida Braz Ayres, importante via de ligação entre os bairros Vila Bazani, Vila Pereira e Prados, entre outros. O local faz divisa com o Instituto Bairral de Psiquiatria.

Segundo depoimento de duas mulheres que procuraram a reportagem de A Gazeta, ambas estavam praticando caminhada quando se depararam com o sujeito em meio a um matagal existente no lado oposto de onde estavam. Elas vinham pela calçada da avenida, sentido Vila Bazani.

“Fazemos sempre este trajeto, e desta vez passamos por esta situação de medo e incerteza. O homem estava completamente pelado, mostrando suas partes íntimas e gritando palavrões. Ele disse que ia pegar a gente e levar pro meio do mato. Tinha sangue na sua perna esquerda”, contou uma das vítimas, uma mulher de 29 anos que preferiu o anonimato.

Para sua colega de atividade física, o tarado devia estar drogado ou sob efeito de medicamento: “ele gritava muito, ‘tava’ (sic) descabelado e machucado, ou tinha usado droga ou tomado remédio pesado”, disse a segunda vítima, essa com 31 anos.

No exato momento em que o homem ameaçou atravessar a rua e ir em direção das mulheres, passou um motociclista que parou ao ver o desespero delas.

“A gente gritou e começou a correr, ai o motoqueiro parou no meio da rua, perto da gente. O doido então voltou para o meio do mato e começou a discutir com ele, que foi acompanhando a gente até mais pra frente. Ele nos ajudou a parar um carro e uma mulher nos levou até perto do asilo (São Vicente de Paulo). De lá liguei para meu marido que veio nos buscar”, lembrou.

As duas disseram acreditar que o homem pode ter pulado o muro do Instituto Bairral, que fica ao lado da avenida. “Tinha uma camiseta pendurada no muro do Bairral, não sei se era dele, mas pode ser, não estou afirmando nada, só acho que era de lá sim”.

Avenida Braz Ayres tem boa parte de sua extensão repleta de mato (Foto: Gilmar Carvalho/Gazeta Itapirense)

Outro lado

Como o Instituto Bairral foi citado pelas vítimas, nossa reportagem entrou em contato com o hospital psiquiátrico para saber se naquele dia algum paciente havia fugido.

A resposta foi a seguinte:

“Em atenção ao seu e-mail, datado de 17/4/25 11:01, temos a informar que, por questão de sigilo/ética médica, conforme determinação do CFM nos artigos n.ºs 73 e 89 do Código de Ética Médica qualquer informação ou conteúdo a respeito de pacientes só pode ser dado a pedido do próprio paciente, curador, procurador (com documentação que comprove que lhe foram conferidos poderes para tal), para o médico assistente ou para perito judicial nomeado por juiz.

Além disso, os dados sensíveis consideram ainda o que preconiza a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018) e somente podem ser tratados mediante a base legal para os quais foram coletados. Desta forma, as informações solicitadas não poderão ser prestadas, respeitando os itens mencionados”.

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