Gazeta Itapirense

Há 135 anos Itapira passou a ser Itapira

Com 204 anos, a cidade a Itapira é uma senhora bastante jovem. Pujante, se transformou em uma das principais da Baixa Mogiana. Mas o seu nome nem sempre foi o atual.

Itapira passou a ser Itapira após uma sucessão de acontecimentos que culminaram na designação com significado na língua tupi para ponta de pedra ou pedra (ita) pontiaguda (pira), conforme o dicionário geográfico da província de São Paulo, de João Mendes.
Na realidade, Itapira tem tudo a ver com figuras que hoje são lembradas meio que vagamente. É o caso de Bernardino de Campos, o que batiza a principal praça do Centro.

Então governador do Estado, Bernardino de Campos adotou a revisão judiciária no final do século 19 e instalou 25 novas comarcas, dentre elas a de Itapira, através da Lei nº 80, de 25 de agosto de 1892. O juiz de direito foi José Maria Bourrol.

Isto se deu por causa de um assassinato. Em 11 de fevereiro de 1888, os fazendeiros escravocratas locais, irados com a atuação do delegado de polícia Joaquim Firmino de Araújo Cintra, que aderira ao movimento abolicionista, assassinaram a autoridade policial. Joaquim Firmino protegia os escravos e foi covardemente executado.

Vista parcial da cidade de Itapira no começo do século XX (Foto: Tempos Saudoso)

Diante do homicídio, a Intendência Municipal solicitou ao Governo do Estado que mudasse o nome da cidade para que o ocorrido caísse no esquecimento.

Assim sendo, foi através do Decreto nº40, de 1º de abril de 1890, que a cidade de Penha do Rio do Peixe passou a chamar-se Itapira.

Já o aniversário da cidade, a 24 de outubro e 1820, teve início com a derrubada de um capão de mato, no alto do espigão das terras de Moraes para ali ser erguida a capelinha.

João Gonçalves de Moraes e Manoel Pereira da Silva são considerados os fundadores, e o primeiro nome do nosso município foi Macuco. Mas esta é uma outra história.

 

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