Fontolan quer ‘Pronto-Socorro Ginecológico’ para atendimento das mulheres itapirenses
A saúde da mulher voltou a ser pauta de debates na Câmara Municipal de Itapira. Na sessão da última quinta-feira, dia 4 de setembro, o vereador Tiago Fontolan apresentou uma indicação sugerindo ao Executivo a criação de um Pronto-Socorro Ginecológico, de portas abertas, para atender intercorrências ginecológicas de pacientes não-gestantes.
A proposta nasce de um cenário preocupante. Atualmente, mulheres que precisam de atendimento rápido enfrentam grande dificuldade para agendar consultas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de longa espera no CASMI – Centro de Atendimento à Saúde da Mulher de Itapira. Situação que, segundo relatos recebidos pelo vereador, tem gerado sofrimento e até riscos para pacientes em quadros agudos.
“As reclamações são muitas. As mulheres não conseguem atendimento imediato. Nas UBSs a agenda não funciona, o CASMI também não está funcionando como deveria. Isso precisa mudar”, destacou o vereador durante o Pequeno Expediente.

De acordo com Fontolan, o modelo atual de atendimento não está funcionando e precisa ser repensado. O pronto-socorro especializado viria para garantir acolhimento imediato, diagnóstico rápido e tratamento emergencial, além de atacar um problema ainda mais grave: há mulheres que relatam esperar meses e até ano para conseguir uma consulta ginecológica na rede municipal.
“Não se trata apenas de fila ou de espera. Estamos falando de dignidade, de atendimento humanizado. A mulher que precisa de atendimento não pode ser jogada de um lado para o outro. Ela precisa chegar e ser atendida”, reforçou.
A indicação sugere que seja criado um serviço específico, de portas abertas, capaz de oferecer o atendimento acelerado que as mulheres precisam. A ideia é que o pronto-socorro se integre à rede municipal de saúde, utilizando a estrutura existente, como o Hospital Municipal, mas garantindo acesso rápido, sem as barreiras hoje enfrentadas.
Fontolan concluiu defendendo a urgência da proposta:
“Algo precisa ser feito. Não podemos aceitar que o atual modelo continue penalizando tantas mulheres. É hora de trazer ideias novas, porque o que temos hoje não funciona.”