Feira do Rolo de Itapira movimenta manhãs de domingo no Luppi
Um espaço simples, mas cheio de histórias e raridades. Assim é a Feira do Rolo de Itapira, realizada todos os domingos na rua Benedito Antônio de Lima, divisa dos bairros Istor Luppi e José Tonolli. O encontro, que começou de forma despretensiosa em 2024, vem ganhando força e se tornando ponto de encontro de apaixonados por antiguidades e curiosos em busca de boas oportunidades.
A feira acontece ao ar livre, ao lado de um grande terreno, e reúne atualmente seis expositores fixos que montam suas barracas a partir das 8h, permanecendo até por volta das 11h30.
Entre os produtos à venda, há de tudo um pouco: discos de vinil, vitrolas antigas, toca-fitas automotivos, ferramentas, utensílios domésticos, televisores, rádios, lanternas e muitas outras relíquias que remetem a outras épocas.
O idealizador do projeto é José Antônio, mais conhecido como “Capim”, que relembra com orgulho o início da feira. “Comecei sozinho, trazendo umas coisinhas para vender. Aí o pessoal foi chegando, perguntando como podia participar, e a coisa foi crescendo. Hoje já somos seis pessoas expondo aqui”, contou. Segundo ele, a feira surgiu também como uma forma de ocupar um espaço ocioso e criar um ponto de convivência entre os moradores. “Aqui é um lugar tranquilo, sem muita opção de lazer. Então o pessoal vem, faz um rolo, bate um papo, e o domingo passa diferente. É um hobby que eu gosto muito”, disse Capim.

Além das vendas, a Feira do Rolo também é um ambiente de trocas e doações. “Se alguém tem alguma coisa parada em casa, pode trazer. A gente compra, vende, faz rolo, doa. O importante é movimentar”, afirma.
Outro expositor, Luiz Antônio — conhecido como Luizinho — aderiu à feira há cerca de dois meses e se diz entusiasmado com o crescimento do espaço. “Eu já conhecia o Capim há bastante tempo e vi que ele estava montando a feira. Aí resolvi vir também, trazer umas peças antigas que eu tinha guardadas. Aqui é tudo no rolo, a gente troca, compra e vende”, explica.

Entre os itens mais raros expostos, Luizinho destaca uma vitrola Philips dos anos 70, que ainda desperta interesse entre os colecionadores. “Ela está com algumas avarias, mas funcionando vale mais. É uma peça linda, que chama atenção de quem entende de antiguidade”, comenta.
O ‘novato’ entre o pessoal é o João Cipriano, que começou há apenas duas semanas: “vi os amigos e vim, acho que essa feira vai crescer muito”, profetizou.

Mesmo sendo uma feira modesta, o evento tem conquistado cada vez mais visitantes, que chegam de diferentes bairros em busca de boas histórias e achados únicos.
Para quem gosta de nostalgia, de negociar ou simplesmente de passear em um ambiente descontraído, a Feira do Rolo já se tornou um novo ponto tradicional das manhãs de domingo em Itapira.