Gazeta Itapirense

Em 11 meses, SAMU de Itapira fez mais de 5,7 mil atendimentos

O trabalho silencioso, técnico e incansável das equipes do SAMU tem sido fundamental para garantir atendimento rápido e qualificado à população de Itapira e de toda a região da Baixa Mogiana. Em um ano marcado por grande demanda, operações complexas e alto número de ocorrências de trauma, o serviço emergencial se destaca pela eficiência e pela importância social do seu atendimento pré-hospitalar.

Foi esse cenário que o coordenador médico do SAMU Baixa Mogiana, Adir Bernardes Pinto Neto, detalhou em entrevista concedida à Gazeta nesta quinta-feira, 11, na base descentralizada do serviço na cidade.

Segundo o médico, Itapira registrou 5.740 atendimentos entre 1º de janeiro e 30 de novembro deste ano, número que ainda deve crescer após o fechamento total das estatísticas de dezembro. Desse total, 5.310 ocorrências foram atendimentos primários, realizados diretamente na rua ou em residências, enquanto outras 430 correspondem a transferências inter-hospitalares.

“O número impressiona, e mostra a responsabilidade que a nossa equipe assume todos os dias”, afirma o coordenador. “Itapira tem duas viaturas — uma de suporte básico e uma de suporte avançado — mas com isso damos conta de uma demanda muito grande e diversa”, explica.

Equipe técnica do SAMU está sempre pronta para atender a população (Foto: Gilmar Carvalho/Gazeta)

O SAMU de Itapira integra a regional Baixa Mogiana, que abrange Itapira, Mogi Guaçu, Mogi Mirim e Estiva Gerbi. Por isso, todas as ligações para o 192 são atendidas na central em Mogi Guaçu, de onde o médico regulador define o tipo de recurso necessário para cada caso.

“O solicitante informa os dados e, depois de falar com a telefonista, conversa com o médico regulador. É o médico quem define se o caso precisa do suporte básico, do suporte avançado ou apenas de uma orientação. Em algumas situações, a própria central resolve com instruções por telefone.”

Além dos atendimentos na cidade, o SAMU realiza transferências de pacientes para unidades de referência, muitas delas de alta complexidade.

“Nossas principais referências são a UNICAMP, o Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto e, em alguns casos específicos, como o exame CPRE, levamos para o Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. São deslocamentos longos que exigem estrutura, preparo e equipe experiente.”

 

Frota renovada

Com a população de cerca de 75 mil habitantes, Itapira recebe do Ministério da Saúde exatamente a quantidade de viaturas prevista pelo padrão nacional: uma ambulância de suporte básico e uma de suporte avançado (UTI móvel).

Recentemente, o serviço recebeu uma nova viatura, fruto da renovação de frota.

“Não ganhamos ambulâncias adicionais, mas renovamos o equipamento. A nova UTI móvel substitui a antiga e aumenta a segurança do paciente e da equipe”, explica o médico.

 

Traumas são frequente

Entre os quase seis mil atendimentos realizados no ano, os casos de trauma representam a maior parte das ocorrências — e chamam atenção pela quantidade e gravidade.

“O trauma é o campeão em Itapira. Mesmo comparando com cidades maiores, o número daqui é muito alto. É muito acidente de trânsito. E agora, em dezembro, isso tende a aumentar ainda mais”, destaca Adir.

 

Alerta direto à população:

“Bebida e volante não combinam. Também não combina com o uso do celular. O período de festas aumenta o número de acidentes e, consequentemente, o número de pessoas feridas. É fundamental que todos tenham mais responsabilidade.”, alertou o médico

 

 Um trabalho que salva vidas todos os dias

O coordenador reforçou a importância do serviço e do comprometimento das equipes. “O SAMU tem uma estrutura extremamente eficiente. A população pode ter a certeza de que, quando precisar, haverá uma equipe preparada para prestar o melhor atendimento possível.”

Com quase 6 mil atendimentos em 11 meses, Itapira fecha o ano valorizando o esforço de técnicos de enfermagem, enfermeiros, condutores e médicos que, diariamente, enfrentam ocorrências complexas para garantir segurança e atendimento emergencial de qualidade.

A regional Baixa Mogiana deve divulgar em breve o consolidado total de 2025.