De Sócrates à Viktor Frankl: A vida que vale a pena e o poder de escolha, por Francisco Teles
Se pensarmos o homem que mais encarnou um ideal de filosofia de vida do pensamento na história, para muitos, Sócrates, basicamente, quase um andarilho simples, conversador e questionador de praças, desprovido de desejos supérfluos e de bens ao que somos hoje é estarrecedor como nos atrofiamos no sentindo de autoconhecimento e autenticidade ao passo que nos tornamos dependente de coisas externas e seguimos modelos pré-estabelecidos.
A vida externa e acelerada com suas mudanças e imposições: materiais, éticas e morais, que para maioria é o norteador de um ser pensante é a maior aberração do nosso tempo.
Sem o autoconhecimento, somos capazes de ser “qualquer coisa” para se encaixar em qualquer grupo que faça sentido, que seja necessário. Ignorando quem somos, nossas particularidades e deixando assim de existir plenamente, não ocupando um espaço único que somente nós poderíamos ocupar e só assim “dar vida”.
Se em dado momento, você já soltou um : “eu não faço ideia do que estou fazendo da minha vida” é porque certamente seguiu um roteiro inteiro automático pronto, não agiu puramente conscientemente: critico, analítico, comparado, escolhido.
Viktor Frankl, psiquiatra austríaco já nos alertou enquanto prisioneiro diante de uma execução eminente que não somos fruto de consequências, do que nos causaram e sempre podemos escolher frente á qualquer situação.
Concluindo, para o sábio Sócrates só valeria a pena a vida que fosse analisada. Em outras palavras, o que vale a pena, não é a forma que somos enxergados, nossos acertos, mas sim, em jamais deixar de analisar nossa maneira de viver, se é consciente — de dentro para fora ao invés de fora para dentro para assim vivermos plenamente aquilo que somos e escolhemos ser.

Por: Francisco Teles




