Coronel Mello Araújo visita Bolsonaro e fala com exclusividade para A Gazeta
O vice-prefeito da cidade de São Paulo, coronel Ricardo Mello Araújo, esteve nesta semana em Brasília na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, e concedeu entrevista exclusiva para o diretor de A Gazeta Itapirense, Gilmar Bueno de Carvalho Junior. Segundo Mello Araújo, Bolsonaro demonstra estar abalado com a situação, mas mantém firme a defesa de sua inocência.
De acordo com Araújo, o ex-presidente perdeu cerca de três quilos desde o início da prisão, relatando falta de apetite e sinais de desgaste emocional. Apesar disso, durante a visita, ele afirmou ter buscado animá-lo e que Bolsonaro passou bem no período em que estiveram juntos.
“Ele está muito preocupado com o que está por vir, com a possibilidade de uma condenação injusta a penas muito altas. Além da situação pessoal, pesa também a preocupação com milhares de pessoas que, segundo ele, estariam presas injustamente”, declarou o vice-prefeito paulistano.
Sobre o processo judicial, Mello Araújo disse que Bolsonaro está ciente das dificuldades. “Ele tem a certeza da inocência dele, mas também da condenação. Os advogados apresentaram diversas falhas que poderiam anular o processo, mas ele entende que a justiça não está funcionando”, afirmou.
O vice-prefeito contou ainda que, no encontro, o ex-presidente evitou tratar de futuro político. “Ele não falou em sucessão ou candidatura. A preocupação dele é com o julgamento. Ele se vê como alguém que combateu a corrupção, que não teve dinheiro encontrado em sua casa e que fortaleceu as estatais, enquanto muitos que têm envolvimento em esquemas seguem soltos”, disse.
Ao final, Mello Araújo deixou uma mensagem aos apoiadores do ex-presidente Bolsonaro: “peço que todos acompanhem o julgamento, que começa no dia 2, e no dia 7 de setembro todos pra rua, todo mundo tem que se manifestar. Sete de setembro é pra mostrar a força nossa, é verde e amarelo e manifestação forte, muito forte, esse é o recado que deixo. Oração e manifestação, é o que a gente pode fazer”, concluiu.