Coluna Traço Feminino, por Hellen dos Santos
Um espaço acolhedor que trará de forma acessível assuntos necessários como direitos das mulheres, a luta das mulheres negras, a violência contra a mulher e o que fazer nessas situações, dentre outros temas relacionados à mulher.
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Liderança feminina
Olá, queridas (os) leitoras (es)! Hoje falarei sobre a participação de mulheres em cargos de liderança no mercado de trabalho.
A entrada das mulheres no trabalho exterior à casa em que gerenciava se deu após a segunda guerra mundial. A Europa encontra-se destruída no período de 1945 a 1950. Desta forma, muitas mulheres se viram sem sustento para si e sua família, haja visto que milhões de homens foram mortos em decorrência da guerra. Sabemos que existia um longo caminho pela frente para elas, por representação e melhores oportunidades de trabalho, as quais exerciam. Nos dias atuais, as mulheres têm ocupado lugares frente a cargos de relevância, mas enfrentam dificuldades para se inserir e serem bem sucedidas no mercado de trabalho.
Ter a presença feminina em cargos de liderança é fundamental por vários motivos, como a diversidade nas perspectivas das empresas, contribuindo para locais de maior inclusão. Em outras palavras, as mulheres diversificam e ampliam a visão antes obtida apenas pela ótica masculina, criando maiores possibilidades de público, sendo capaz de inspirar e empoderar outras mulheres.
O olhar das mulheres à frente de cargos de alta chefia, também alteram o funcionamento da empresa, que passa a entender com mais clareza as necessidades das mulheres que ali trabalham, evidenciando situações que são mais conhecidas de mulher para mulher. Além disso, estudos comprovam que a presença feminina na liderança vem acompanhada de uma tendência maior ao sucesso empresarial.
Um estudo avaliando mais de 70 mil organizações em 13 países, constatou que empresas com maior presença feminina na liderança registram aumentos de 10% a 15% na rentabilidade. Alguém pode perguntar, por que isso acontece? O que se sabe é que a criatividade, gestão e busca por inovação tem feito das mulheres grandes gestoras nos cargos de liderança. Existe um “faro” diferente de oportunidades e maior atenção aos detalhes na execução e desenvolvimentos dos projetos.
Apesar dos avanços, a liderança feminina no Brasil ainda enfrenta muitos desafios nos mais variados campos. Temos escutado sobre a baixa presença de liderança feminina na política, na empresa, no empreendedorismo e na cultura sexista, que vai tratar da discriminação salarial, do assédio sexual e da insuficiência de oportunidades para crescimento dentro da carreira em que a mulher esteja.
Não podemos esquecer de colocarmos para jogo, a presença das mulheres negras em cargos de alta liderança. Se já é desafiador para as mulheres brancas, quando pautamos a temática racial, as coisas ficam mais difíceis, o que se evidencia em pesquisas realizadas relatando que 81% das empresas brasileiras, têm, no máximo, 10% de mulheres negras em cargos de liderança.
De onde partir para a diminuição das ausências de mulheres, pretas e brancas no mercado de alta chefia do trabalho? Creio que estabelecendo metas e políticas públicas que possam enxergar a necessidade de mudanças sólidas no próprio mercado de trabalho, ampliando as políticas de diversidade, para revisar os processos de recrutamento e seleção, oferecendo programas de desenvolvimento de liderança e fomentando uma cultura inclusiva para todas as mulheres do nosso país.
Sempre há espaço para mudanças, porém antes de mais nada, é preciso reconhecer o problema, para a existência da oportunidade para todas nós, mulheres!
“Acreditem em vocês mesmas. Não acreditem em quem não acredita em você”
Por: Hellen Santos
REFERÊNCIAS:
https://www.amcham.com.br/blog/lideranca-feminina