Cantina di Ricieri iniciou a venda de uva de mesa colhida na hora
Desde o último final de semana começou a ser vendida a famosa uva de mesa produzida na vinícola Cantina di Ricieri. É a oportunidade para quem procura esta fruta que é a ‘queridinha’ das festas de fim de ano.
Conversamos com Carlos Eduardo Canivezi Antunes, o Dú, que nos levou até os parreirais da centenária propriedade rural situada pelos lados do Tanquinho.
Pra quem gosta de uva (e quem não gosta?) o sítio dos Canivezi é um verdadeiro livro de história sobre esta fruta. Lá tem parreiras da variedade Campos Gerais com mais de 100 anos de história: “Estas produziram muito e viram muita coisa, inclusive a Revolução de 32”, brincou Dú Canivezi. Pra quem não sabe, o sítio foi palco de grandes batalhas durante a Revolução Constitucionalista, mantendo até hoje trincheiras dos confrontos.
Voltando ao assunto uva, Dú Canivezi contou que a venda da uva Niagara está a todo vapor: “acredito que a safra chegue até o Ano Novo, vai depender muito da venda dos próximos dias até o dia 24 de dezembro”.
Logo que se chega ao lado dos parreirais é possível sentir o cheiro inigualável das uvas. Lá são diversas variedades, sendo a Niagara e a Vitória as de mesa. A Vitória, uma uva sem caroço, terá sua primeira safra no sitio no meio do ano que vem.
A vantagem de se adquirir uvas na Vinícola Cantina di Ricieri é a certeza de que terá em mãos um produto único, de uma doçura muito difícil de se encontrar.
Além disso tudo, o visitante da vinícola pode percorrer os parreirais e escolher a uva que quer levar para casa.
Para chegar até a Vinícola é só pegar a Estrada Municipal Paulo Canivezi (Estrada do Tanquinho) e seguir as placas indicativas. Mais informações pelo fone (19) 99833-2287. O horário de atendimento é das 8 às 18 horas, estando aberto aos fins de semana e na véspera do Natal.
Vinhos consagrados
Além da uva de mesa, os visitantes poderão adquirir os mais que consagrados vinhos da Cantina. O que não falta são opções para todos os gostos.
“Teremos o Bordô Suave, que é o mais adocicado para se tomar gelado, os tintos secos como o Blend, o Taglio (uvas Campos da Paz e Isabel), o Syrah Mathias Seco, que é um vinho nobre de dupla poda, e também um licoroso fortificado, este mais docinho”, explicou Dú Canivezi.
Os vinhos são produzidos de forma artesanal e a produção é local em um parreiral que conta hoje com 2600 pés, já contando com o plantio de viníferas pra produção de inverno das variedades francesas Syrah e Viognier, pra ser vinificado nos moldes do que acontece em Espírito Santo do Pinhal, que hoje tem os melhores vinhos do Brasil e já se juntou ao top do ‘Novo Mundo’. A propriedade desponta na região como opção turística, com a possibilidade de se visitar as parreiras, áreas de floresta nativa e a degustação do vinho, além de plantio e vindima a depender do período do ano.
A tradição na produção de vinhos e produtos derivados da uva iniciou-se com a vinda da família da Itália após a compra da propriedade. O senhor Antonio Canevese, italiano de San Dona di Piave foi precursor que afamou o vinho e o filho dele, o senhor Ricieri Canivezi continuou a história produzindo para consumo próprio e para amigos mais chegados, passou o legado aos filhos e netos e aos poucos e negócio se expandiu, se tornando sinônimo de qualidade e sabor.