Apito da fábrica Penha foi destaque no programa ‘Mais Caminhos’ da EPTV
Quem acompanhou o programa ‘Mais Caminhos’ deste sábado,22, na EPTV Campinas, pôde assistir a uma edição inteira dedicada a Itapira. Os apresentadores Pedro Leonardo e Tathi Camargo conversaram com moradores e destacaram curiosidades que fazem parte da identidade da cidade.
Entre os temas apresentados, o episódio mostrou a relação dos itapirenses com o sino da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha e com o tradicional apito da Fábrica Penha — ambos ainda usados como uma espécie de “relógio” pela população.
Em janeiro de 2024, a reportagem da Gazeta visitou a Penha e registrou de perto todo o processo que envolve o apito mais famoso da região.

Em tempos antigos, o som da Maria Fumaça trazia pessoas, produtos e notícias para o município, enquanto o apito da fábrica de chapéus Sarkis guiava o ritmo diário da comunidade. Hoje, é o apito da indústria de caixas de papelão que segue marcando os horários de milhares de itapirenses.
Ele anuncia o despertar às 6h ou 7h da manhã, antecede o almoço às 11h, avisa que chegou a hora do café da tarde às 14h, encerra o expediente às 18h e, às 22h, marca o momento de descansodepois de um dia de labuta.
Durante a visita da equipe do Mais Caminhos, a repórter Tathi Camargo foi recebida pelo presidente da Penha, Carlos Edson Shiguematsu, que relembrou episódios marcantes relacionados ao apito, como o dia em que a empresa substituiu o equipamento por um modelo mais moderno, cujo som só podia ser ouvido pelos colaboradores dentro da fábrica.
A mudança, porém, gerou surpresa e até tristeza na população. Em diferentes eventos, Carlos Edson ouviu questionamentos sobre o “desaparecimento” do tradicional apito e percebeu que o barulho tinha um valor muito maior do que apenas indicar horários: ele carregava memórias afetivas e fazia parte da rotina de gerações. Diante disso, o presidente solicitou à equipe técnica que restabelecesse o apito original — e o som voltou a ecoar pela cidade.
A reação dos moradores mostrou que aquele sinal sonoro é mais do que uma referência diária: é um símbolo afetivo que atravessa o tempo e reforça o sentimento de identidade local.




