Gazeta Itapirense

Ação no ‘Lavapés’ não encontra obstruções, mas revela gargalo que pode causar enchentes

A força-tarefa realizada pela Secretaria de Obras de Itapira, em conjunto com o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) e o Corpo de Bombeiros, trouxe novas informações sobre as enchentes que atingem as ruas Manoel Pereira, XV de Novembro e parte da José Bonifácio. O trabalho, iniciado na última quinta-feira, 28, percorreu o trecho do Córrego Lavapés entre a rua XV de Novembro e a Oreste Pucci, passando pelo terreno onde funcionava o antigo Hotel Central.

Segundo o secretário de Obras, Antonio Carlos Andrigo, apesar de não terem sido encontrados obstáculos que estivessem bloqueando a passagem da água, a vistoria revelou um ponto crítico: um estrangulamento na tubulação.

“Naquele ponto inicial, o bombeiro entrou no córrego e, nos primeiros 20 metros, a seção estava bastante reduzida. Depois, ela dobrou de tamanho. Essa diferença mostrou que o estreitamento é um dos causadores das enchentes na Manoel Pereira, já que a água acaba voltando pelas bocas de lobo”, explicou o secretário.

De acordo com Andrigo, a informação, apesar de frustrante no primeiro momento, abriu uma nova perspectiva de solução. “Decepcionou porque não havia nada entupido, mas, por outro lado, encontramos uma pista muito importante. Agora estamos estudando um projeto para ampliar essa seção da tubulação, praticamente construindo um túnel paralelo, com placas de concreto pré-moldado, para aumentar a vazão da água”, detalhou.

Membros do Corpo de Bombeiros vasculharam trecho do Lavapés (Foto: Gilmar Carvalho)

Ele ressaltou, no entanto, que quando se trata de obras ligadas à drenagem, não é possível garantir 100% de eficácia, mas acredita que a medida poderá reduzir de forma significativa o problema.

O município também segue em paralelo com estudos para implantação de piscinões em pontos estratégicos, como parte de um projeto macro de combate às enchentes