Gazeta Itapirense

Hospital Municipal é parceiro em pesquisa de novo medicamento do Cristália e UFRJ

Na última terça-feira, 9, o Cristália, laboratório farmacêutico, farmoquímico e de biotecnologia de capital 100% brasileiro e itapirense, em parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), anunciou uma inovação inédita no mundo que representa uma esperança real para a restauração de lesões medulares recém-ocorridas, possibilitando a recuperação total ou parcial dos movimentos.

A Polilaminina, desenvolvida sob liderança da bióloga Tatiana Coelho Sampaio, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, já está pronta para produção em escala comercial. O Hospital Municipal de Itapira é um importante parceiro nesse processo de pesquisa, realizando a coleta de placentas doadas pelas gestantes atendidas no serviço.

Esse trabalho de contato com as pacientes e de orientação é encabeçado pela equipe técnica de enfermagem dos setores de Centro de Parto, Centro Cirúrgico, Núcleo de Segurança do Paciente e Coordenação de Enfermagem. A partir da 32ª semana de gestação, quando a mulher passa pelos primeiros atendimentos no Centro de Parto, ela é apresentada ao projeto. “Esse é o momento oportuno em que a gente apresenta o projeto do Cristália e pergunta à mãe se ela deseja ser doadora. No caso do aceite, ela passa por uma entrevista, faz uma coleta de exames específicos e, a partir desses resultados, é considerada apta ou inapta”, explicou Denise Cristina Pereira dos Santos, Enfermeira Supervisora dos Setores Materno e Infantis do Hospital Municipal.

Trabalho envolveu diversos setores dentro do HM (Foto: Prefeitura de Itapira)

Toda a logística de envio de material e recebimento dos resultados dos exames é feita pelo enfermeiro do Núcleo de Segurança do Paciente, André Ozório de Oliveira Gurjão. “Eu recebo e confiro todos os exames, verifico se os solicitados foram realizados e encaminho ao ginecologista de plantão para avaliação. Depois, organizo tudo e envio ao Cristália, para que possam dar andamento à pesquisa com aquela placenta”, detalhou.

Para garantir excelência e segurança em todo o processo, a própria equipe do Hospital Municipal elaborou um protocolo específico de atendimento às gestantes. “A primeira fase dessa parceria foi a elaboração desse fluxo de atendimento, ou seja, como as gestantes seriam acolhidas e passariam a conhecer o projeto. Criamos protocolos operacionais, a equipe foi treinada neles e, desde então, toda gestante atendida em nosso serviço é informada sobre o projeto e como pode colaborar. Nós somos a ponte entre a gestante e o programa de pesquisa do Cristália”, destacou Mônica Eliane Cobra, Coordenadora de Enfermagem do Hospital Municipal.

 

Histórico

O projeto de pesquisa anunciado nesta semana começou em 2007 com a equipe da Dra. Tatiana e passou a ser incorporado pelo Cristália em 2018. Em 2021, foi formalizada a parceria com a UFRJ. Entre o fim de 2024 e o início de 2025, o Cristália iniciou contatos com o prefeito Toninho Bellini e com a Secretaria Municipal de Saúde para apresentação do projeto e formalização da parceria com o Hospital Municipal.

“Para nós foi uma verdadeira honra poder contribuir com essa pesquisa. De imediato, mobilizamos nossa equipe técnica para dar andamento a todas as tratativas necessárias para iniciar o contato com as gestantes e a coleta das placentas. Essa procura do Cristália evidencia a excelência de atendimento do nosso Hospital Municipal, fato que nos deixa muito orgulhosos. E esses meses de trabalho vêm sendo conduzidos com total maestria pela nossa equipe técnica, a quem parabenizo e agradeço”, afirmou o prefeito Toninho Bellini.

Todos os equipamentos e insumos necessários para coleta, armazenamento e identificação das placentas doadas, bem como o custeio dos exames complementares das gestantes, são fornecidos pelo Cristália, sem qualquer ônus ao município.

“O Hospital foi escolhido porque atende a todos os critérios necessários para a captação voluntária das placentas, que antes eram descartadas. É um orgulho muito grande fazer parte desse projeto científico inovador”, disse a secretária de Saúde, Maria Sueli Rocha Longhi. “Deixo aqui um agradecimento ao Cristália e, especialmente, a todos os nossos técnicos que vêm realizando um trabalho brilhante, colocando o nosso hospital entre os convidados a participar de um projeto tão importante como este”, finalizou.