Cuidado redobrado: golpes digitais estão cada vez mais sofisticados
Como empreendedor, sei que preciso estar sempre atento a possíveis golpes, e no ambiente digital, os riscos se multiplicam. A internet, embora facilite muitos processos do nosso dia a dia, também se tornou um terreno fértil para crimes cibernéticos. Recentemente, passei por uma tentativa de golpe, o que me fez refletir sobre a importância de adotar cuidados redobrados nas redes e buscar mais informações sobre as diferentes formas de fraudes, que circulam por aí.
Recebi, pelo WhatsApp, uma mensagem suspeita de um contato que se passava pela Serasa Experian. O nome e o logotipo da empresa apareciam como foto de perfil, o que dava certa credibilidade. A mensagem dizia que minha empresa tinha uma dívida no valor de R$ 11.500,00. Felizmente, percebi rapidamente que se tratava de uma fraude.
Golpes desse tipo têm se tornado cada vez mais comuns. Por isso, é essencial que estejamos informados sobre como esses crimes funcionam, para que possamos nos proteger e evitar prejuízos financeiros e emocionais.
Para aprofundar o assunto, conversei com Lusinês Ubaldini, coordenadora do departamento de proteção ao crédito da ACIMM. Ela realizou uma pesquisa sobre os principais tipos de fraudes e compartilhou orientações importantes, para identificar e evitar armadilhas digitais.
Um dos golpes mais frequentes ocorre por meio de boletos bancários falsos. Os criminosos enviam esses boletos por e-mail, WhatsApp ou até mesmo pelo correio. Eles imitam com perfeição o layout de instituições conhecidas, incluindo logotipos, dados da empresa e informações aparentemente legítimas. No entanto, ao efetuar o pagamento, o valor vai diretamente para contas de criminosos.
Outro método comum, envolve a interceptação de e-mails legítimos. Os golpistas conseguem barrar a mensagem original, com a cobrança verdadeira, e substituí-la por uma versão fraudulenta. Em alguns casos, essa interceptação acontece durante compras em lojas virtuais: ao gerar o boleto bancário, o cliente é direcionado a um link falso, sem perceber que está prestes a pagar por algo que nunca receberá.
O tipo de golpe, que tentaram aplicar em mim foi o da renegociação de dívidas, uma modalidade cada vez mais comum. Nesse caso, os criminosos têm acesso a dados como CPF e outras informações pessoais, se aproveitando de situações em que a vítima já possui empréstimos ou pendências financeiras, assim, boletos falsos são enviados com promessas de quitação ou parcelamento da dívida, induzindo ao pagamento.
Com tantas estratégias sendo usadas por criminosos, é fundamental manter-se em estado de alerta. Buscar informações, adotar boas práticas de segurança digital e desconfiar de mensagens não solicitadas, são atitudes essenciais para proteger nossos dados e nosso dinheiro.
Por: Nelson Theodoro