Gazeta Itapirense

Audiência pública debateu direitos das pessoas com TEA

A Câmara Municipal de Itapira realizou na sexta-feira, 22, mais uma audiência pública voltada ao tema “Direito das pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA)”. O evento reuniu representantes do poder público, especialistas, familiares de pessoas com TEA e membros da comunidade para debater políticas públicas, acessibilidade, inclusão escolar e apoio às famílias.

Os trabalhos foram dirigidos pelo vereador Leandro Sartori (PSOL), e contou com a presença da vereadora Professora Marisol (REP) e dos vereadores Maurício Casimiro de Lima (PL), Carlos Briza (PP) e Rogério do Allan Kardec (REP). Entre os representantes do Pode Público estiveram as Secretárias Municipais de Educação Regina de Santana Lago Gracini; de Saúde Maria Sueli Rocha Longhi; e de Promoção Social Regina Ramil Marella. Representando a Educação Especial esteve presente a coordenadora Valdineia da Penha Mendonça. Marcaram presença ainda o Dr. Tarcísio Daniel da Silva pela Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da OAB de Itapira; Beatriz Brandão pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Itapira; Rose Martucci pelo Conselho Municipal de Defesa da Pessoa com Deficiência; Eliana Razzo pela Organização Entrelaços Autismo; e Lucinéia Baldessini pela APAE de Itapira.

Entre os temas destacados, estiveram as dificuldades de diagnóstico precoce, a importância de atendimento multiprofissional, a necessidade de adaptações nas plataformas de ensino remoto e presencial, bem como a ampliação de vagas em serviços de saúde e educação especializada.

A Deputada Andréia Werner (PSB), especialista no assunto, participou do debate, trazendo contribuições técnicas e propostas para aprimorar políticas públicas voltadas às pessoas com TEA.

Os debatedores apresentaram dados sobre a situação local, incluindo índices de atendimento, serviços oferecidos pela rede municipal, planos de capacitação para profissionais da educação e da saúde, e medidas de apoio à inclusão no mercado de trabalho.

A audiência também discutiu a implementação de ações concretas, como a capacitação permanente para docentes sobre estratégias de ensino inclusivas; a melhoria da acessibilidade em espaços públicos e iluminação adequada para necessidades sensoriais; a criação de canais de comunicação mais efetivos com famílias e cuidadores; e a ampliação de suporte psicológico e terapêutico ao longo da trajetória educacional.

Autoridades e membros da comunidade passarão a colaborar na formatação de um relatório e plano de ações que deverá ser encaminhado à prefeitura e às secretarias competentes. A expectativa é que novas iniciativas sejam anunciadas nos próximos meses, com foco em ampliar o suporte às pessoas com TEA e suas famílias.