Administração Toninho Bellini: o retrato da incompetência, por Tiago Fontolan
Desde seu retorno ao comando da Prefeitura de Itapira, em 2021, a administração Toninho Bellini coleciona exemplos de má gestão, desperdício de recursos públicos e prioridades distorcidas. O cenário é marcado por obras inacabadas, prazos estourados, aditivos milionários e, ao mesmo tempo, pela ausência de investimentos eficazes nas necessidades mais urgentes da população.
A condução da pandemia já deu sinais do despreparo, seguida pela maior crise de dengue da história recente da cidade: mais de 10 mil casos em apenas um ano, colocando Itapira como recordista regional. Paralelamente, a gestão recorreu a financiamentos vultosos — cerca de R$ 70 milhões em empréstimos — cujas obras prometidas permanecem paradas ou entregues de forma precária.
O prolongamento da Avenida Davi Moro Filho, por exemplo, custou quase R$ 15 milhões, foi prorrogado por questões burocráticas e, após a entrega, demorou mais de um ano para receber iluminação secundária. No Mercadão Municipal, a reforma iniciou com orçamento de pouco mais de R$ 5 milhões, já ultrapassa R$ 8 milhões e acumula um atraso de um ano e cinco meses, sem prazo de conclusão e com relatos de fornecedores sem pagamento.
O Complexo da Saúde, anunciado como referência no atendimento, também apresenta erros graves de concepção. O elevador instalado mede apenas 1m x 1m, impossibilitando o transporte de pacientes em maca ou cadeirantes acompanhados — um equívoco básico para um prédio hospitalar.
A lista segue com a obra da ponte, novamente prorrogada, e com prazos continuamente estendidos. Enquanto milhões de reais se perdem em empreitadas arrastadas, o serviço público enfrenta o oposto: falta combustível e óleo para maquinário, papel higiênico nas UBS, agulhas no hospital e até oxigênio para pacientes em tratamento domiciliar.
Apesar do caos estrutural, a administração parece ter clareza em um ponto: investir pesado em eventos. Só nos primeiros seis meses de 2025, foram R$ 1,82 milhão gastos em shows e apresentações musicais, sem contar estruturas, que podem ter elevado a conta em mais R$ 500 a R$ 600 mil. Trata-se de uma gestão que privilegia o “pão e circo” enquanto serviços essenciais colapsam.
Resta ao cidadão itapirense refletir: foi para isso que você votou? Você acredita que os próximos três anos e meio serão de acerto de rumo, ou de aprofundamento desse quadro? Eleito sob o slogan “Itapira no rumo certo”, o que se vê hoje é uma cidade perdida, sem rumo. Ainda há tempo de corrigir o trajeto — e é exatamente isso que a população merece: uma administração que trabalhe pelo povo e para o povo.
Por Tiago Fontolan