Gazeta Itapirense

Um final de semana para a história da ginástica artística de Itapira

Pela primeira vez, um ginasta masculino representou Itapira em uma edição dos Jogos Regionais. E não foi só a estreia que marcou esse momento: Thiago Alexandre Cziewikon Chagas voltou pra casa com três medalhas e um feito inédito.

No sábado (5) e domingo (6), em Bragança Paulista, o atleta itapirense conquistou o terceiro lugar nos aparelhos cavalo com alças e barra fixa, além do bronze por equipes na categoria sub16, levando Itapira ao terceiro lugar geral no masculino. Um marco histórico para o município.

“Não possuímos aparelhos masculinos e diante do talento e perseverança do Thiago adaptamos alguns para que ele pudesse competir e conhecer. Tanto que os dois aparelhos em que foi premiado ele treinava nos aparelho feminino”, explica a professora e técnica Danila Sabadini, que com criatividade e coragem traçou um plano para que o sonho fosse possível. “Foi imprescindível o apoio da Secretaria de Esportes de Itapira e o intercâmbio que fizemos na cidade de Indaiatuba duas semanas antes dos jogos para que ele conhecesse e adaptasse esses exercícios nos aparelhos oficiais.”

Mesmo sem estrutura ideal, o trabalho venceu as limitações. “Sempre quis trabalhar com a ginástica masculina também, mas nossa dificuldade sempre foi os aparelhos. O Thiago despertou em mim esse desafio e acreditou na estratégia que tracei para os treinos dele e é merecedor desse título inédito para o município”, completa Danila. O nome de Thiago agora está eternizado como o primeiro medalhista masculino de Itapira na GA.

No feminino, mais um feito: a equipe sub13 conquistou o sexto lugar geral entre 10 cidades, pontuando para Itapira e ficando atrás apenas das grandes potências da região. A equipe foi composta por Beatriz Carvalho, Isabella da Costa, Júlia Marchizelli, Isadora Brandt, Maria Eduarda de Souza, Mariah Pelizer, Saory Silva e Victória Peres. Com mudanças de categoria e a necessidade de reestruturação, atletas mais jovens assumiram o protagonismo com segurança. “Com menos experiência, mas não pouco trabalho, essas meninas fizeram o papel de completar nossa equipe com maestria e devido ao bom trabalho de base que realizamos na cidade essa transição de responsabilidade não foi sentida por elas”, destaca Danila.

“Fiquei muito feliz e orgulhosa com todo o comprometimento e responsabilidade delas e dos pais em estar conosco nessa jornada e que abraçaram esse desafio com coragem e determinação. Orgulhosa da nossa modalidade!! Estamos no caminho certo”, finaliza.