Itapira se torna ‘ilha’ no combate à dengue enquanto Mogi Mirim e Mogi Guaçu somam mais de 21 mil casos
Enquanto as cidades vizinhas Mogi Mirim e Mogi Guaçu enfrentam um cenário alarmante com mais de 21 mil casos confirmados de dengue em 2025, Itapira se destaca positivamente no combate à doença. Na última semana a cidade registrou uma queda significativa nas notificações e se consolida como uma verdadeira “ilha” de controle epidemiológico em meio ao surto regional.
De acordo com o último boletim da Vigilância Epidemiológica, Itapira contabilizou apenas 26 novos casos na última semana, totalizando 550 confirmações desde 1º de janeiro. Dois óbitos seguem em investigação. A redução expressiva nos números é atribuída a uma série de medidas adotadas pela Prefeitura, sob a liderança do prefeito Toninho Bellini, desde o ano passado.
Cidades vizinhas em alerta
Em contraste, os dados mais recentes apontam que Mogi Mirim já registrou 10.126 casos de dengue em 2025, com seis mortes confirmadas e oito em investigação. Mogi Guaçu apresenta números ainda maiores: 11.153 casos confirmados, com 16 óbitos e nove mortes suspeitas em análise. Ambas as cidades vivem um surto intenso e já superaram os registros de todo o ano de 2024.
‘Operação de guerra’ em Itapira
Frente ao aumento dos casos na região, a Prefeitura de Itapira intensificou sua atuação com uma verdadeira operação de guerra contra o mosquito Aedes aegypti. A Secretaria Municipal de Saúde implementou uma série de ações estratégicas:
- Contratação de novas equipes para bloqueio de criadouros e aplicação de larvicidas;
- Nebulização costal em áreas com maior incidência da doença;
- Aquisição e instalação de 1.440 estações disseminadoras de larvicidas, armadilhas que dificultam a proliferação do mosquito;
- Campanhas de conscientização em escolas da rede municipal, envolvendo estudantes em ações educativas;
- Mobilização intersetorial por meio da Sala de Situação das Arboviroses, reunindo diferentes secretarias;
- Aplicação de inseticida com veículo nebulizador – o popular “fumacê” – em diversos bairros da cidade.
População como aliada
Apesar do esforço público, a Prefeitura destaca a importância da participação da comunidade. A secretária de Saúde, Maria Sueli Rocha Longhi, reforça que “a colaboração da população é fundamental para o sucesso das ações de combate à dengue. Cada cidadão deve fazer a sua parte, eliminando possíveis criadouros em suas casas e quintais”.
A maior parte dos focos encontrados está dentro das residências, especialmente em recipientes como vasos de plantas, baldes e ralos.
Monitoramento constante
A Vigilância Epidemiológica segue com o monitoramento diário dos casos e com a publicação de boletins atualizados. O município mantém o foco em ações preventivas e de controle, buscando garantir a proteção da saúde pública e manter os índices sob controle, mesmo com o avanço da doença em municípios vizinhos.